Quando pensamos no nosso negócio, que levantamos do zero na maioria das vezes, com todo o capital financeiro investido, com todo o capital intelectual investido, com horas e horas de ligações comerciais, whatsapps trocados, a obsessão pela geração de leads, a correria para converter leads, compra de estoque quando for o caso, gestão de equipe e mais toda a ginástica diária para fazer deste negócio algo que seja rentável e que seja duradouro, temos a certeza de que temos tudo na palma das nossas mãos e de que não precisamos de sistemas especialistas ou ferramentas para auxiliar nos nossos desafios.
Logo no início, quando tudo está “fresco”, quando a empresa está dando seus primeiros passos isso é muito possível. Mas quando a empresa cresceu, já tem um time comercial, já tem rotinas financeiras um pouco mais exigentes, precisa gerir a carteira de cobrança e movimentar o trem todo, é possível ainda ter tudo na palma das nossas mãos e gerir com eficiência, tomando decisões que precisam ter o máximo possível de assertividade sem comprometer o bom andamento das atividades de maneira geral?
Meu nome é Leonardo. Sou Gestor de BI & Analytics na Strategic Data e hoje convido você a pensar com mais profundidade sobre como estamos gerindo nossos negócios em um momento em que o mercado está muito competitivo e as oportunidades são disputadas centímetro a centímetro e ombro a ombro.
Para contextualizar a evolução, gostaria de trazer para nossa conversa, de maneira muito rápida, a história da administração.
A história da gestão e administração surgiu há muito tempo. Na verdade, há muitos séculos, quando as pessoas procuravam um jeito, uma maneira, para melhorar a resolução dos seus problemas práticos.
As organizações familiares, religiosas e militares foram as primeiras instituições a terem objetivos organizacionais em seu modo de operação, mesmo que muito elementar, e elas foram as principais influenciadoras no modelo de gestão de muitas empresas pelo passar dos anos.
O ponto de virada aconteceu em 1776. Foi o primeiro grande avanço tecnológico da humanidade, mais conhecido como Revolução Industrial.
Foi a partir daqui que as empresas tiveram um crescimento acelerado e desorganizado e precisaram ter maior eficiência e produtividade.
Isso soa atual para você?
Depois disso, e finalmente, é que surgiu o princípio da Administração Científica e o estudo da Administração como ciência. Isso já é século XX!
Quem criou este modelo foi Taylor e o intuito era garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos.
Isso soa atual para você – parte 2 ?
Seus princípios fundamentais são:
Planejar
Comandar
Organizar
Controlar
Coordenar
Conforme artigo postado no Administradores.com, a grande sacada de Taylor foi:
Propor a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização de determinadas tarefas (divisão de trabalho) e então treinados para que executem da melhor forma possível em menos tempo. Ele defende também que a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais.
Olha só! Ele é, então, o criador do comissionamento por produtividade!?
A partir daí, tudo relacionado à Administração evoluiu demais, mas, se observarmos, os princípios fundamentais ainda estão na base da evolução.
Houve, então, uma transformação muito grande. Novas teorias foram lançadas, testadas, melhoradas e aplicadas. Isso faz parte de um processo de melhorias contínuas e aqui, chego ao ponto principal desta nossa conversa: Quando mais organizadas, de maneira geral, mais competitivas tornaram-se as organizações.
Se, no início do século XX, afinar a gestão das empresas já era fator para torna-las competitivas, imaginemos hoje!
Empresas de qualquer tamanho precisam ter controles, indicadores, monitoramento, medições, índices... Não pelo simples fato de controlar, mas sim para poder avançar com segurança.
Diante de tanta informação gerada hoje, tantos canais de comunicação, tantos pontos a serem geridos, capital humano a ser valorizado, decisões vitais tomadas a cada instante, olho no mercado, nos clientes, nas margens, na eficiência, na entrega de valor, nos ativos, nos passivos...
Diante disso pergunto:
É possível ainda administrar um negócio baseado no feeling, na intuição, no achismo, no empirismo ou pelo “ouvi dizer”?
O quanto conseguimos ser eficientes e eficazes nas nossas decisões usando estes modelos?
Conseguimos identificar claramente as tendências de mercado desta maneira?
As nossas margens representam realmente o que estamos vendo?
O sentimento dos nossos clientes está sendo usado como ponto de apoio para melhorias e está sendo medido?
Poderia trazer para cá centenas de perguntas para nos fazer refletir sobre isso.
Abrir os olhos e pensar analiticamente é muito importante para qualquer gestor. Não decidir baseado nas suas emoções também é igualmente importante.
Se você tem dificuldades com isso, busque apoio, estude, dedique-se, pesquise ferramentas, avalie casos de sucesso.
Você precisa ser o agente da transformação para que o seu negócio não fique pelo caminho.
Gostou, ficou em dúvida ou discordou? Comente aqui que será muito legal trocar com você!
Um grande abraço, sucesso e até mais!
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